quinta-feira, 24 de abril de 2008

Download

Da última conferência sobre audiolivros no Goethe Institut, aqui se deixa a informação que o adrian considerou mais pertinente:

  • Segundo a alemã Der Horverlag, o mercado de ouvintes até aos 29 anos de idade corresponde a 24% do mercado (12% até aos 19, 12% até aos 29). Já os compradores nas mesmas faixas etárias correspondem a 17% do mercado (4% até aos 19 anos e 13% até aos 29). O género masculino compra mais audiolivros, utiliza com maior frequência a Internet para a sua aquisição e tem uma apetência superior pelo download (este último corresponde a 4% do total de aquisições, mas com tendência crescente);
  • A portuguesa 101Noites falou da fidelização dos seus públicos por via da possibilidade de download das obras. Uma tendência observada por esta editora é a do cliente que, após descarregar um título, acaba por o fazer em relação a todos os outros (convenhamos que ainda não são muitos e o preço é, efectivamente, acessível – 4,50€ por cada obra em formato MP3). Sem terem dados relativos a faixas etárias, do discurso de Sandra Silva percebeu-se que os jovens terão quota-parte de responsabilidade neste caso de sucesso editorial;
  • Se a Solutions By Heart afirmou o que a Hoverlag tem vindo a comprovar num mercado de mais de 17.000 títulos (“o CD é o formato preferido, mas a tendência é o download”), já João Cabral da MHIJ colocou em discussão duas interessantes questões: a falta de educação musical dos portugueses como motivo para que o áudio livro não vingue em Portugal e a necessidade de educar a Comunicação Social sobre o que é um áudio livro (trazendo à colação um episódio de um jornalista que o entrevistava sendo que, a dada altura, o editor se apercebe que o mesmo nunca tinha escutado uma obra em formato áudio).

Em suma, numa discussão moderada por José Afonso Furtado (melhor é impossível quando se fala do livro, seja em que formato for) o adrian destaca a tendência de download a aumentar (ambiente privilegiado junto das faixas etárias mais novas), a aquisição de títulos por jovens a representar uma percentagem razoável do total de vendas e, caso leiam os posts anteriores – aqui e aqui –, o que neste espaço se advogava relativamente à 101Noites: os resultados que advêm de um enfoque num público que, não sendo habitualmente muito considerado, pode marcar a diferença no que aos áudio livros diz respeito.

Que esta tendência continue em curva ascendente, para que os jovens leiam cada vez mais… nem que seja pelos ouvidos :-)

foto aqui

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