Via bibliotecário de babel o adrian acedeu a uma lista de 50 livros de culto, coligida pelos críticos do Telegraph. Se nos deparamos com algumas escolhas incompreensíveis – sendo que os critérios de selecção também não se afiguram os mais lógicos –, a seguinte menção despertou interesse:
"Mother died today. Or maybe yesterday, I don’t know."The beach, the sun, the Arab, the gunshots, the chaplain: the stuff of millions of adolescents' fevered imaginings. If you don't love this when you're 17, there’s something wrong with you.”
Fala-se d’O Estrangeiro, de Camus, que aqui fica como mais uma recomendação de leitura autónoma ou para ser discutida em grupo/comunidade de leitores. Do Público:
“Completamente exterior às convenções e à moral vigentes, Mersault é um verdadeiro estrangeiro em qualquer organização social ou familiar. Cometerá um homicídio sem razão aparente que não a do calor excessivo na praia ou a da forte luz do sol que sobre ele incidia directamente quando disparou. Mersault não tem justificação para o crime nem para o resto. Nada do que faz é para ser explicado. Eis o absurdo da sua existência ou de qualquer outra.”
Já Helena Vasconcelos aconselha este título, na sua lista 20 livros até aos 20. Diz, a propósito:
"Creio que a ideia é fornecer pistas sobre quais os livros que podem formar o carácter de uma pessoa, uma vez que a leitura deverá ser uma das formas mais directamente actuantes na construção de uma personalidade. (…) as pessoas em fase de crescimento físico e psicológico devem conhecer heróis e heroínas, isto é, seres humanos capazes de exercerem o livre arbítrio em prol de algo positivo para eles e para os outros.”
O Estrangeiro é um desses heróis – ou anti-herói? -, que vale a pena conhecer. Sugere-se exibição do título nas mesas onde os jovens habitualmente estudam, com uma pequena recensão e nota biográfica.
Camus, aos 17. Ao adrian, parece-lhe mais que razoável.
CAMUS, Albert. O estrangeiro. Lisboa : Livros do Brasil, 2006. 118 p. ISBN 978-972-38-2809-2.
5 comentários:
Um livro marcante para mim... aos dezoito! Engraçado, um dos livros mais significativos para mim e não anda cá por casa. Foi daqueles emprestados pelos familiares que nos marcam a juventude!
Os três do Adrian que li também marcaram, mas por outras razões e uns anitos antes!
As 20 sugestões são interessantes, mas deixo outra indicação onde aparecem alguns livros essenciais, em jeito de pilha de livros, num vídeo e por sugestão de Pacheco Pereira (apresentados de forma muito simples e apelativa) em http://www.youtube.com/watch?v=9julcRkGBs4&feature=PlayList&p=C439BB97C522EC99&index=6
Obrigado, Pedro! Vou dar uma olhadela nesse vídeo, a ver se lá arranjo mais umas recomendações.
Um abraço!
p.s. - para quando outra caminhada?
Obrigado pela visita, Gaspar! Gostei de teres gostado, eheh!
Também gostei do teu diário cibernético, caro homónimo. Pelo que vejo não temos apenas o nome em comum, mas gostos emparelhados com frequentes erupções (ou serão irrupções ;-) cutâneas de literatura e BD!
Obrigado, Gaspar... (Isto é muito estranho, dá-me a sensação de estar a ter um monólogo :-)
Um abraço!
idem! LOL ;-)
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