Misturar futebol e literatura, que tal? O apelo da Selecção Nacional, as epopeias de 2004 e 2006, o Ricardo a defender sem luvas e a mandar os bifes para a terra deles, chega?
Mais um conselho do Plano Nacional de Leitura para o 3º ciclo, este O futebol e a vida: do Euro 2004 ao Mundial 2006: crónicas tem tudo para apelar ao adolescente e jovem adulto sem hábitos de leitura. E porquê? Porque poderá ir ao encontro dos seus interesses mais consolidados – a saber, o futebol e a selecção nacional - e despertar a atenção. Até a capa ajuda. E quem sabe se o pai, habituado apenas ao pasquim desportivo, não lhe põe os olhos em cima e não sente, também, alguma curiosidade? Eram dois coelhos numa cajadada só. E como nunca sabemos se atrás de um livro vem outro: é que, às vezes, a literatura é como as cerejas...
Mais um conselho do Plano Nacional de Leitura para o 3º ciclo, este O futebol e a vida: do Euro 2004 ao Mundial 2006: crónicas tem tudo para apelar ao adolescente e jovem adulto sem hábitos de leitura. E porquê? Porque poderá ir ao encontro dos seus interesses mais consolidados – a saber, o futebol e a selecção nacional - e despertar a atenção. Até a capa ajuda. E quem sabe se o pai, habituado apenas ao pasquim desportivo, não lhe põe os olhos em cima e não sente, também, alguma curiosidade? Eram dois coelhos numa cajadada só. E como nunca sabemos se atrás de um livro vem outro: é que, às vezes, a literatura é como as cerejas...
Diz Maria João Avilez na apresentação da obra:
“a paixão de Manuel Alegre pelo futebol nunca lhe veda o dever de cidadania, nem lhe tolda a consciência cívica e o que ela pressupõe de responsabilidade e exemplo. E assim ei-lo a cumprimentar adversários, a dirimir conflitos, a consolar o outro lado. Mas ei-lo sobretudo a ter a pátria em conta. Neste livro que nos devolve inteira e intacta a saudade do Euro de 2004 e do Mundial deste ano, a pátria esteve sempre lá. E a bandeira e o cantar do hino. No seu lugar que é também o do coração do poeta. Sem vergonha mas sem falsos preconceitos, sem nacionalismos exacerbados, mas com orgulho. Talvez porque tenha afinal percebido melhor que outros, e muito melhor que os cultos do costume ou os pensadores oficiais que – cito: "o clube e a selecção são uma nova forma de utopia, tanto mais intensa quanto maior é a incerteza perante o futuro pessoal e a sensação que o país pesa cada vez menos nos destinos do mundo".
Nem mais.
ALEGRE, Manuel. O futebol e a vida : do Euro 2004 ao Mundial 2006 : crónicas. Lisboa : Dom Quixote, 2006.
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