Se ler sobre o acto de ler pode ser algo redundante, tal esfuma-se na delícia que é este A Magia de Ler. Muitos livros serão tecnicamente mais relevantes, mas… este é um manual de prestidigitação - Cesariny dixit. Cita-se:
“Este livro é uma introdução poética, científica e prática à leitura. (…) Mas é, acima de tudo, um livro de magia. (…) Mistura, pois, receitas e conselhos para conseguir encantamentos prodigiosos. Os que dividem a magia em branca e preta estão enganados. Esquecem que a magia mais poderosa e magnífica é a do preto sobre o branco. A escrita, e a leitura, claro, que é o seu complemento.”
Os autores são outro fenómeno. Escrevem sobre a leitura um filósofo e uma jurista: José António Marina, galardoado com o Prémio Anagrama de Ensayo, Prémio Nacional de Ensayo e o Prémio Giner de los Ríos de Innovación Educativa; e Maria de la Válgoma, professora titular de Direito Civil na Universidad Complutense de Madrid, uma entusiasta da educação fascinada pela literatura e que escreveu, com José Antonio Marina, La lucha por la dignidad, Prémio Juan de Borbón para o melhor livro do ano.
Dividida em sugestivos capítulos como a magia da leitura, os enigmas do desejo e apelo a uma conspiração de leitores, e polvilhada de pequenas histórias e citações sobre o livro e a leitura, esta é uma obra para pais, professores do básico ao secundário, bibliotecários e leitores curiosos.
No que a adolescentes concerne, destaca-se a frase:
“A imensa maioria dos livros que trata da animação da leitura refere-se à etapa infantil. É como se as matemáticas se esgotassem com a aprendizagem da soma.”
O adrian gostou, subscreve e recomenda!
MARINA, José Antonio ; VÁLGONA, María de la – A magia de ler. Porto : Ambar, 2007. 133 p. (Enciclopédia moderna ; 15. Série estudos literários). ISBN 978-972-43-1169-2.
foto aqui
2 comentários:
vou já comprar, para ver se essa magia também me envolve... Henrique Barreto Nunes
Não me parece que, no que diz respeito a leituras, precise de se deixar envolver pelo que quer que seja. Mas, já agora, agradecia que, "na volta do correio", deixasse a sua apreciação à obra.
Grato e muito contente pela sua visita. Volte sempre!
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