Apontamento breve: na cidade de West Bend – Wisconsin, EUA –, a crítica a uma parte da colecção da biblioteca local, destinada a adolescentes e jovens, levou os John Wayne da cidade a pedirem a queima de livros. Desenvolvimentos aqui e aqui.
A American Library Association já se manifestou, em defesa da liberdade de expressão e escolha. Boa altura para relembrar as palavras de Heinrich Heine:
Aqueles que queimam livros, acabam cedo ou tarde por queimar homens.
Perigoso…
foto aqui
7 comentários:
Por vezes as censuras externas começam por censuras internas não assumidas... quando se assumem as internas o mundo á nossa volta começa a ficar mais calmo e seguro!
Psicoterapia aos censores, portanto :-)
Um abraço!
Viva
A censura nem é feita pelos John Wayne mas sim muitas vezes por gente com estudos mas muito puritanos. Não esqueçamos que nos USA também há muitos que defendem a liberdade de expressão.
A própria notícia aponta:«Maria é uma das fundadoras do grupo Pais de West Bend pela Liberdade de Expressão.
Em todas as terras há dois lados. Não devemos fazer crer que naquela cidade há só John Waynes porque não só é uma ofensa à grande personagem do cinema como não salienta que naquela cidade também há defensores da liberdade de expressão. Temos de mostrar sempre os dois lados.
Francisco Lamballe
Francisco,
Agradeço o seu comentário.
Penso que se depreende que existem dois lados, caso contrário não haveria discórdia. E concordo consigo quando diz que existem muitos, nos EUA, que defendem a liberdade de expressão. Claro que existem e, como exemplo, aí está o bibliotecário local e uma boa parte da população de West Bend, que se colocou do seu lado. Os John Wayne (não querendo ofender o grande actor) são essa “gente com estudos mas muito puritanos”, que os leva a defenderem teorias criacionistas e a manterem posturas racistas, xenófobas e censórias, ou seja, podem ter estudos mas educação e civismo têm muito pouco. De facto poderia te-los identificado com o Charlton Heston, era mais apropriado...
Volte sempre.
Viva
Só se for o Charlton Heston dos anos 80 até à sua morte. Nesta fase ele passou a republicano radical. Quando ele foi democrata defendeu os negros, os comunistas, apoiou Kennedy, Luther King. Portanto também temos de mostrar o primeiro lado do Charlton Heston.
De defensor da igualdade de todos os homens passou a valorizar conceitos conservadores como o uso civil de arma, a oposição ao aborto. Heston foi um homem que reagia às modas das épocas.
Relativamente às bibliotecas e à censura seria também interessante apontar casos destes em Portugal pois por cá ainda há muitos pides disfarçados e muitos autarcas salazares...
Francisco Lamballe
Caro Francisco,
Charlton Heston fez o que fez e, para o caso (e para mim), chega. Mas agradeço o seu contributo. Quanto ao último parágrafo, felizmente nunca me deparei com tal, apenas tenho encontrado bom-senso, colaboração e vontade de dar às pessoas aqui que elas merecem: bibliotecas públicas de excelência. Mas deixo-lhe um contributo: aqui ficam uns links da única censura em bibliotecas de que tenho conhecimento, em Portugal (pré 1974):
Artigo de Luísa Alvim: http://eprints.rclis.org/9450/
Texto de Henrique Barreto Nunes:
http://nortebad.wordpress.com/2009/04/17/a-censura-nas-bibliotecas/
Volte sempre.
Caro Francisco,
Charlton Heston fez o que fez e, para o caso (e para mim), chega. Mas agradeço o seu contributo. Quanto ao último parágrafo, felizmente nunca me deparei com tal, apenas tenho encontrado bom-senso, colaboração e vontade de dar às pessoas aqui que elas merecem: bibliotecas públicas de excelência. Mas deixo-lhe um contributo: aqui ficam uns links da única censura em bibliotecas de que tenho conhecimento, em Portugal (pré 1974):
Artigo de Luísa Alvim: http://eprints.rclis.org/9450/
Texto de Henrique Barreto Nunes:
http://nortebad.wordpress.com/2009/04/17/a-censura-nas-bibliotecas/
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